HPV, herpes e sífilis: DSTs que causam feridas, verrugas e desconforto

HPV, herpes e sífilis: DSTs que causam feridas, verrugas e desconforto

As infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), também conhecidas como doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), são comuns e podem afetar qualquer pessoa com vida sexual ativa. Entre elas, o HPV, o herpes genital e a sífilis estão entre as mais conhecidas por causarem feridas, lesões, verrugas, coceira e bastante desconforto na região genital, anal e até na boca.

Apesar de serem infecções frequentes, ainda há muito desconhecimento, preconceito e até vergonha de buscar ajuda médica. Entender os sintomas, os riscos e as formas de tratamento é fundamental para cuidar da saúde íntima e evitar complicações.

O que são DSTs que causam feridas, verrugas e desconforto?

As DSTs são infecções transmitidas, principalmente, pelo contato sexual — vaginal, anal ou oral — sem proteção. Algumas dessas doenças podem causar manifestações visíveis, como:

  • Verrugas genitais
  • Feridas abertas ou úlceras
  • Bolhas que se rompem
  • Coceira intensa
  • Ardência, dor e desconforto ao urinar ou ter relações

Nem sempre os sinais aparecem imediatamente, e em alguns casos, podem nem surgir, o que aumenta o risco de transmissão e de complicações.

Entre as principais DSTs que causam lesões e desconforto estão o HPV, o herpes genital e a sífilis, que vamos detalhar a seguir.

HPV: verrugas genitais e riscos a longo prazo

O que é HPV?

O HPV (Papilomavírus Humano) é uma infecção viral altamente contagiosa, transmitida principalmente pelo contato íntimo sem preservativo. Existem mais de 200 tipos de HPV, sendo que cerca de 40 deles afetam a região genital.

Sintomas do HPV

  • Verrugas genitais: pequenas, da cor da pele ou esbranquiçadas, com aparência de couve-flor. Podem aparecer na vulva, vagina, colo do útero, pênis, saco escrotal, ânus e região perianal.
  • Coceira e desconforto: algumas pessoas relatam irritação na pele, embora, na maioria dos casos, as verrugas não sejam dolorosas.
  • Em alguns casos, o HPV não apresenta sintomas visíveis, mas pode evoluir e causar lesões internas.

Como é a transmissão?

  • Contato pele a pele durante o sexo vaginal, anal ou oral, mesmo sem penetração.
  • Contato com superfícies contaminadas (raro).
  • Transmissão da mãe para o bebê durante o parto.

Riscos do HPV

  • Embora na maioria dos casos o sistema imunológico elimine o vírus, alguns tipos de HPV estão relacionados a câncer de colo do útero, ânus, pênis, vagina, vulva e orofaringe.
  • As verrugas podem se multiplicar e gerar desconforto estético e emocional.

Tratamento do HPV

  • Remoção das verrugas: com ácidos, crioterapia (congelamento), laser ou cirurgia, dependendo do tamanho e da localização.
  • Não existe um medicamento que elimine o HPV do corpo, mas o acompanhamento médico é essencial para controlar as lesões e monitorar riscos.
  • Vacina contra HPV: fundamental como forma de prevenção, disponível no SUS para meninas, meninos e adultos dentro de faixas etárias específicas.

Herpes genital: bolhas dolorosas e recorrentes

O que é herpes genital?

O herpes genital é uma infecção causada pelo vírus herpes simples, geralmente do tipo 2 (HSV-2), mas também pode ser causada pelo tipo 1 (HSV-1), que também provoca o herpes labial.

Sintomas do herpes genital

  • Pequenas bolhas agrupadas, que podem se romper, formando feridas abertas, dolorosas e com secreção.
  • Coceira, ardência e dor intensa, principalmente nas primeiras crises.
  • Sintomas gerais como mal-estar, febre baixa, dor no corpo e aumento dos gânglios (ínguas) na virilha.
  • As lesões aparecem nos órgãos genitais, ânus, região perianal, nádegas e até nas coxas.

Como é a transmissão?

  • Contato direto com as lesões ou mucosas infectadas, durante relações sexuais vaginais, anais e orais.
  • Mesmo sem lesões visíveis, o vírus pode ser transmitido em fases de reativação silenciosa.

Riscos do herpes genital

  • O herpes é uma infecção crônica, sem cura definitiva. O vírus permanece no organismo e pode se reativar em períodos de estresse, queda da imunidade, menstruação ou outras doenças.
  • A primeira crise costuma ser a mais intensa. Depois, as recorrências tendem a ser mais brandas, mas podem variar de pessoa para pessoa.
  • Na gravidez, a transmissão do herpes para o bebê pode ocorrer durante o parto, com riscos para o recém-nascido.

Tratamento do herpes genital

  • Antivirais orais (aciclovir, valaciclovir, fanciclovir) ajudam a controlar os sintomas, acelerar a cicatrização das lesões e reduzir o risco de transmissão.
  • O tratamento é mais eficaz se iniciado nas primeiras 48 horas do surgimento dos sintomas.
  • Também existe o tratamento suppressivo, indicado para quem tem muitas recorrências, reduzindo a frequência dos surtos e o risco de transmissão.

Sífilis: a doença silenciosa que pode causar graves complicações

O que é sífilis?

A sífilis é uma infecção bacteriana causada pelo Treponema pallidum. É conhecida por ser uma DST com múltiplas fases e que pode se manifestar de formas muito variadas.

Sintomas da sífilis

Fase primária:

  • Ferida (cancro duro): indolor, de bordas elevadas e fundo limpo. Surge no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, ânus, boca ou garganta).
  • A ferida desaparece sozinha em algumas semanas, o que não significa cura.

Fase secundária:

  • Manchas avermelhadas no corpo, inclusive nas palmas das mãos e plantas dos pés.
  • Lesões na mucosa da boca e genitais.
  • Febre, mal-estar, dor de cabeça, ínguas.

Fase latente:

  • Sem sintomas, mas a bactéria permanece no organismo.

Fase terciária (se não tratada):

  • Pode afetar o sistema nervoso, coração, olhos, ossos e outros órgãos, com complicações graves, irreversíveis e até fatais.

Como é a transmissão?

  • Relações sexuais desprotegidas, com contato direto nas feridas ou mucosas contaminadas.
  • Transmissão vertical, da mãe para o bebê durante a gravidez, podendo causar sífilis congênita, aborto, parto prematuro ou malformações.

Riscos da sífilis

  • A sífilis é extremamente perigosa se não for tratada.
  • Na fase terciária, pode levar a cegueira, paralisia, problemas cardíacos e morte.
  • A sífilis congênita é uma das formas mais graves, com risco severo para o bebê.

Tratamento da sífilis

  • Antibiótico benzilpenicilina benzatina (penicilina), aplicado por via intramuscular.
  • O tratamento é simples, eficaz e disponível gratuitamente no SUS.
  • O diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais para evitar complicações e interromper a cadeia de transmissão.

Quando procurar um médico?

Se você percebeu qualquer um dos seguintes sinais, é essencial buscar um médico, de preferência um urologista, ginecologista, infectologista ou dermatologista especializado em DSTs:

  • Feridas, bolhas ou úlceras na região íntima.
  • Verrugas genitais ou anais.
  • Coceira, ardência, dor ou desconforto durante relações ou ao urinar.
  • Corrimento, odor forte ou alterações na pele genital.
  • Parceiro diagnosticado com alguma DST, mesmo que você não tenha sintomas.

Quanto antes for feito o diagnóstico, mais rápido e efetivo será o tratamento, evitando complicações e a transmissão para outras pessoas.

A importância da prevenção

  • Use camisinha em todas as relações sexuais, inclusive no sexo oral.
  • Realize exames periódicos, especialmente se tiver vida sexual ativa com múltiplos parceiros.
  • Converse abertamente com seus parceiros sobre saúde sexual.
  • Vacine-se contra o HPV e a hepatite B.
  • Se estiver grávida, faça o pré-natal corretamente, com testagens para sífilis, HIV, hepatites e outras ISTs.

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