Hipertensão: saiba como evitar complicações graves

Você sabia que a hipertensão arterial é conhecida como o "assassino silencioso"? Isso porque ela pode evoluir por anos sem apresentar sintomas, até causar complicações graves como infarto, AVC, insuficiência renal e até a morte. No entanto, com diagnóstico precoce e acompanhamento adequado, é possível controlar a pressão arterial e viver com qualidade de vida.

Neste artigo, você vai entender o que é a hipertensão, quais são suas causas, sintomas e fatores de risco, além de conhecer os principais tratamentos disponíveis. Ao final, saiba como fazer um acompanhamento com o telemonitoramento com enfermeiro, de forma imediata, sem agendamento, no conforto da sua casa.

O que é hipertensão arterial

A hipertensão arterial, também chamada de pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pela elevação persistente da pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias. Essa força excessiva pode provocar lesões nos vasos sanguíneos e comprometer o funcionamento de órgãos vitais, como coração, cérebro e rins.

A pressão arterial é considerada normal quando os valores estão em torno de 12 por 8 cmHg (ou 120/80 mmHg). Quando atinge ou ultrapassa 14 por 9 cmHg (140/90 mmHg), já é considerado um quadro de hipertensão.

Quais são os tipos de hipertensão

Hipertensão primária (ou essencial)

A hipertensão primária é a mais comum, representando cerca de 90% dos casos. Ela se desenvolve de forma gradual ao longo dos anos e está relacionada a fatores genéticos, estilo de vida e envelhecimento.

Hipertensão secundária

Já a hipertensão secundária tem uma causa identificável, como doenças renais, distúrbios hormonais, uso de certos medicamentos (como anticoncepcionais e anti-inflamatórios) ou apneia do sono. Esse tipo tende a surgir de forma súbita e pode ser mais grave.

Quais são os principais sintomas da hipertensão

A hipertensão é frequentemente assintomática, o que reforça a importância de medir a pressão regularmente, mesmo que você se sinta bem. No entanto, quando os sintomas aparecem, podem incluir:

• Dor de cabeça frequente e intensa
• Tontura ou vertigem
• Falta de ar
• Visão embaçada ou turva
• Zumbido no ouvido
• Dor no peito
• Sangramento nasal em casos graves

Esses sinais costumam surgir quando a pressão está muito elevada ou quando já há comprometimento de órgãos.

Quais são os fatores de risco para hipertensão

Diversos fatores contribuem para o desenvolvimento da pressão alta. Conhecer esses fatores é essencial para prevenir e controlar a condição:

Fatores genéticos e idade

• Histórico familiar de hipertensão
• Idade acima de 60 anos

Estilo de vida

• Alimentação rica em sal e gorduras
• Obesidade ou sobrepeso
• Sedentarismo
• Consumo excessivo de álcool
• Tabagismo
• Estresse crônico

Condições de saúde

• Diabetes mellitus
• Colesterol alto
• Doenças renais
• Apneia obstrutiva do sono

Quais são as complicações da hipertensão não tratada

A hipertensão pode evoluir silenciosamente e, se não for controlada, pode levar a complicações sérias:

Doenças cardiovasculares

• Infarto do miocárdio (ataque cardíaco)
• Insuficiência cardíaca
• Arritmias

Acidente vascular cerebral (AVC)

A pressão alta é uma das principais causas de AVC, tanto isquêmico quanto hemorrágico.

Comprometimento renal

A hipertensão pode danificar os vasos dos rins, levando à insuficiência renal crônica.

Problemas de visão

A retinopatia hipertensiva pode causar perda parcial ou total da visão.

Como é feito o diagnóstico da hipertensão

O diagnóstico é simples, rápido e indolor: medição da pressão arterial com aparelho adequado, em repouso, preferencialmente em mais de uma ocasião.

Além disso, o médico pode solicitar exames complementares para avaliar a saúde do paciente e possíveis danos em órgãos, como:

• Exames de sangue e urina
• Eletrocardiograma (ECG)
• Ecocardiograma
• Mapa da pressão arterial (monitoramento 24h)
• Testes de função renal

Como é o tratamento da hipertensão

O tratamento da hipertensão envolve mudanças no estilo de vida e, quando necessário, o uso de medicamentos anti-hipertensivos. O objetivo é manter a pressão dentro dos valores considerados seguros e evitar complicações.

Mudanças no estilo de vida

Redução do consumo de sal

O excesso de sódio está diretamente ligado à elevação da pressão. A recomendação é ingerir no máximo 5g de sal por dia (equivalente a uma colher de chá).

Alimentação saudável

Adote uma dieta rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais, oleaginosas e proteínas magras. A dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) é especialmente indicada.

Prática regular de atividade física

Exercícios aeróbicos como caminhada, natação e bicicleta ajudam a controlar a pressão arterial e o peso corporal.

Controle do peso

Manter o índice de massa corporal (IMC) dentro da faixa ideal reduz significativamente os níveis de pressão.

Redução do consumo de álcool

O excesso de bebidas alcoólicas interfere no controle da pressão e deve ser evitado.

Abandono do cigarro

Fumar aumenta a pressão arterial e o risco de doenças cardíacas e AVC. Parar de fumar é fundamental.

Gerenciamento do estresse

Técnicas como meditação, yoga, psicoterapia e lazer são aliados no controle emocional.

Uso de medicamentos

Quando as mudanças de estilo de vida não são suficientes, o médico pode prescrever medicamentos como:

• Diuréticos
• Betabloqueadores
• Inibidores da ECA
• Bloqueadores dos canais de cálcio
• Vasodilatadores

O tratamento deve ser individualizado, levando em conta idade, presença de outras doenças e resposta do organismo.

Importante: nunca interrompa o tratamento por conta própria, mesmo que os sintomas desapareçam.

Como prevenir a hipertensão

Mesmo quem não tem pressão alta deve adotar hábitos saudáveis para prevenir a hipertensão. Veja algumas dicas:

• Verifique sua pressão com regularidade, principalmente se tiver histórico familiar
• Tenha uma alimentação equilibrada
• Pratique exercícios pelo menos 3x por semana
• Controle o peso
• Evite o consumo exagerado de sal e álcool
• Abandone o cigarro
• Consulte um médico regularmente

Hipertensão em jovens: uma preocupação crescente

Embora mais comum em adultos e idosos, a hipertensão também vem afetando jovens, inclusive adolescentes. Isso se deve, em grande parte, ao sedentarismo, má alimentação, obesidade e uso excessivo de telas e dispositivos eletrônicos, que contribuem para o estresse e aumento de peso.

Por isso, é importante que pais e responsáveis estejam atentos à saúde cardiovascular desde cedo. A consulta médica online com um clínico geral ou cardiologista pode ser o primeiro passo para identificar e tratar o problema.

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