Medicamentos para diabetes tipo 2: quais são e como agem no controle da glicemia

Entenda o que é a diabetes tipo 2
A diabetes tipo 2 é uma condição crônica que afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose, principal fonte de energia para as células. Ao contrário da diabetes tipo 1, em que há uma deficiência total na produção de insulina, na tipo 2 o corpo ainda produz esse hormônio, mas as células se tornam resistentes à sua ação, dificultando o controle dos níveis de açúcar no sangue.
A doença é mais comum em adultos, especialmente aqueles com sobrepeso, obesidade ou histórico familiar da condição. Entre os sintomas mais frequentes estão sede excessiva, aumento da fome, vontade frequente de urinar e cansaço. Se não for controlada, pode levar a complicações graves, como problemas cardíacos, renais e visuais.
O tratamento da diabetes tipo 2 envolve mudanças no estilo de vida, como alimentação balanceada e prática regular de exercícios, além do uso de medicamentos que ajudam a controlar a glicemia. A seguir, conheça os principais medicamentos utilizados no Brasil para tratar essa condição e entenda como cada um age no organismo.
Principais medicamentos para diabetes tipo 2
1. Ozempic (semaglutida)
O Ozempic é um medicamento injetável de uso semanal indicado para o tratamento da diabetes tipo 2. Ele pertence à classe dos agonistas do receptor de GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon).
Benefícios
- Melhora o controle da glicemia.
- Reduz o apetite e favorece a perda de peso.
- Contribui para a saúde cardiovascular.
Possíveis contraindicações
- Gravidez ou amamentação.
- Histórico de pancreatite.
- Pacientes com histórico familiar de carcinoma medular da tireoide.
2. Mounjaro (tirzepatida)
Aprovado recentemente no Brasil, o Mounjaro é um medicamento injetável que combina a ação dos hormônios GLP-1 e GIP, proporcionando um efeito mais potente no controle da glicose.
Benefícios
- Eficácia superior no controle glicêmico em comparação a outros medicamentos.
- Ajuda significativa na perda de peso.
Possíveis contraindicações
- Pancreatite prévia.
- Hipersensibilidade à substância ativa.
- Gravidez e lactação.
3. Trulicity (dulaglutida)
Também pertencente à classe dos agonistas do GLP-1, o Trulicity é um injetável de aplicação semanal que atua estimulando a produção de insulina em resposta à glicose.
Benefícios
- Controle eficiente da glicemia.
- Redução do risco cardiovascular.
- Aplicação simples e prática.
Possíveis contraindicações
- Histórico de carcinoma medular da tireoide.
- Pancreatite.
4. Victoza (liraglutida)
O Victoza é um agonista de GLP-1 administrado diariamente por via subcutânea. Ele age aumentando a secreção de insulina e reduzindo a liberação de glucagon.
Benefícios
- Redução da glicemia pós-prandial.
- Contribui para perda de peso.
- Proteção cardiovascular.
Possíveis contraindicações
- Doenças gastrointestinais graves.
- Pancreatite.
5. Rybelsus (semaglutida oral)
O Rybelsus é a versão em comprimido da semaglutida, permitindo o uso por via oral. Ele representa uma alternativa para quem não se adapta às injeções.
Benefícios
- Conveniência de uso oral.
- Mesmos efeitos benéficos do Ozempic.
Possíveis contraindicações
- Problemas gastrointestinais.
- Insuficiência renal grave.
6. Forxiga (dapagliflozina)
O Forxiga pertence à classe dos inibidores de SGLT2. Ele age bloqueando a reabsorção de glicose nos rins, promovendo sua eliminação pela urina.
Benefícios
- Redução da glicemia.
- Perda de peso e pressão arterial.
- Benefícios cardiovasculares e renais.
Possíveis contraindicações
- Infecções urinárias recorrentes.
- Insuficiência renal.
- Desidratação.
7. Jardiance (empagliflozina)
Outro representante dos inibidores de SGLT2, o Jardiance também promove a eliminação da glicose pela urina e possui importantes efeitos protetores para o coração e os rins.
Benefícios
- Controle glicêmico.
- Redução do risco de morte cardiovascular.
- Proteção renal.
Possíveis contraindicações
- Cetoacidose diabética.
- Comprometimento renal severo.
8. Glifage (metformina)
A metformina, comercializada como Glifage, é considerada a primeira escolha no tratamento da diabetes tipo 2. Ela melhora a sensibilidade à insulina e reduz a produção hepática de glicose.
Benefícios
- Baixo risco de hipoglicemia.
- Custo acessível.
- Estabilidade glicêmica a longo prazo.
Possíveis contraindicações
- Insuficiência renal.
- Acidose metabólica.
- Alcoolismo.
9. Diamicron (gliclazida)
O Diamicron é um medicamento da classe das sulfonilureias, que estimula a liberação de insulina pelo pâncreas.
Benefícios
- Eficaz no controle da glicemia.
- Uso oral prático.
Possíveis contraindicações
- Hipoglicemia frequente.
- Comprometimento hepático ou renal.
10. Januvia (sitagliptina)
O Januvia pertence à classe dos inibidores da DPP-4, que prolongam a ação das incretinas — hormônios que ajudam a regular o açúcar no sangue após as refeições.
Benefícios
- Boa tolerabilidade.
- Baixo risco de hipoglicemia.
Possíveis contraindicações
- Pancreatite.
- Doença renal avançada (com necessidade de ajuste de dose).
A importância do acompanhamento médico
Apesar de existirem diversas opções de medicamentos para controlar a diabetes tipo 2, cada organismo responde de forma diferente. Por isso, é essencial ter acompanhamento médico para definir o melhor tratamento, ajustar doses e monitorar possíveis efeitos colaterais.
A automedicação pode trazer sérios riscos à saúde. O uso inadequado de qualquer um desses remédios pode levar a hipoglicemia, problemas renais, hepáticos e até mascarar complicações mais graves da doença.
O endocrinologista é o especialista mais indicado para o tratamento da diabetes, pois é o médico responsável por cuidar dos distúrbios hormonais, incluindo o metabolismo da glicose e a produção de insulina. Esse especialista pode indicar os melhores medicamentos, ajustar doses e avaliar complicações relacionadas à condição.
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