Obesidade: entenda os riscos e saiba como tratar agora

Você sente que está lutando contra o peso, mas não sabe por onde começar? Já tentou diversas dietas, remédios ou exercícios sem sucesso duradouro? A obesidade vai muito além da estética: é uma condição médica complexa que envolve fatores genéticos, hormonais, metabólicos e comportamentais. E o mais importante, ela pode e deve ser tratada com apoio profissional.
Neste artigo, você vai entender o que é obesidade, suas causas, sintomas, consequências para a saúde e as melhores estratégias para o controle e o tratamento eficaz. Ao final, você saberá como realizar um telemonitoramento com enfermeiro pela PicDoc, sem precisar agendar ou sair de casa.
O que é obesidade
A obesidade é uma doença crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. Ela é diagnosticada com base no índice de massa corporal (IMC), que é o cálculo entre o peso e a altura da pessoa.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. Ela aumenta significativamente o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão, problemas articulares, distúrbios hormonais, infertilidade e até alguns tipos de câncer.
Classificação da obesidade
O diagnóstico de obesidade é feito com base no IMC. Veja como são classificados os níveis:
- IMC entre 25 e 29,9: sobrepeso
- IMC entre 30 e 34,9: obesidade grau 1
- IMC entre 35 e 39,9: obesidade grau 2 (severa)
- IMC igual ou superior a 40: obesidade grau 3 (mórbida)
Além do IMC, também se avalia a circunferência abdominal e a composição corporal para analisar o risco metabólico.
Quais são os principais sintomas da obesidade
A obesidade nem sempre apresenta sintomas imediatos, mas existem sinais de alerta que merecem atenção:
- Cansaço ao realizar atividades simples
- Dificuldade para dormir ou roncos frequentes
- Dores nas articulações
- Aumento da transpiração
- Falta de ar
- Baixa autoestima
- Queda na libido
- Depressão e ansiedade
- Irregularidades menstruais
Além disso, a obesidade pode desencadear ou agravar doenças associadas, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais importante.
Quais são as causas da obesidade
A obesidade é uma doença multifatorial. Ela não ocorre apenas por "comer demais". Envolve uma série de aspectos biológicos, sociais e emocionais.
Fatores genéticos
Pessoas com histórico familiar de obesidade têm maior tendência a desenvolver a condição.
Fatores hormonais
Desequilíbrios hormonais, como hipotireoidismo, síndrome de Cushing ou resistência à insulina, podem contribuir para o ganho de peso.
Alimentação inadequada
O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras, açúcares e calorias, é uma das causas mais comuns.
Sedentarismo
A falta de atividade física reduz o gasto calórico e favorece o acúmulo de gordura corporal.
Fatores emocionais
Ansiedade, estresse e depressão podem levar à compulsão alimentar e ao uso da comida como válvula de escape.
Medicamentos
Alguns medicamentos, como antidepressivos, antipsicóticos e corticoides, podem ter como efeito colateral o ganho de peso.
Quais são os riscos e complicações da obesidade
A obesidade é um fator de risco importante para o desenvolvimento de diversas doenças:
Doenças cardiovasculares
Incluem hipertensão, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).
Diabetes tipo 2
A obesidade está diretamente ligada à resistência à insulina, o que pode levar ao surgimento do diabetes.
Apneia do sono
É uma condição em que a respiração para por alguns segundos durante o sono, causando cansaço, falta de oxigenação e risco cardiovascular.
Problemas ortopédicos
O excesso de peso sobrecarrega articulações, especialmente joelhos, quadris e coluna.
Infertilidade
Homens e mulheres obesos podem ter alterações hormonais que dificultam a fertilidade.
Distúrbios hormonais
A obesidade interfere na produção e regulação de diversos hormônios, afetando o metabolismo.
Câncer
A obesidade está associada ao aumento do risco de câncer de mama, intestino, fígado, pâncreas, rins e útero.
Como é feito o diagnóstico da obesidade
O diagnóstico da obesidade não se baseia apenas no peso. Ele envolve:
- Cálculo do IMC
- Medição da circunferência abdominal
- Avaliação da composição corporal (gordura vs. massa magra)
- Análise clínica e laboratorial (glicemia, colesterol, triglicerídeos, função hepática e renal, hormônios)
O endocrinologista ou clínico geral avalia o conjunto de dados para propor o tratamento mais adequado.
Como é o tratamento da obesidade
O tratamento da obesidade é individualizado, abrangente e deve considerar as causas, a gravidade e os objetivos do paciente. As abordagens incluem:
Reeducação alimentar
O plano alimentar é ajustado por nutricionista ou médico, priorizando alimentos naturais, ricos em fibras, proteínas magras, gorduras boas e baixo índice glicêmico.
Atividade física regular
O exercício físico melhora o metabolismo, ajuda a reduzir a gordura corporal e melhora o humor. Pode incluir caminhada, musculação, pilates, dança ou qualquer atividade que o paciente goste.
Apoio psicológico
A terapia pode ajudar a tratar a relação emocional com a comida e desenvolver estratégias saudáveis de enfrentamento.
Medicamentos para emagrecer
Em alguns casos, o médico pode prescrever remédios como:
- Inibidores do apetite
- Medicamentos que reduzem a absorção de gordura
- Análogos do GLP-1 (como liraglutida ou semaglutida)
Esses medicamentos devem ser usados com prescrição e acompanhamento profissional.
Cirurgia bariátrica
Indicada em casos de obesidade grau 3 ou grau 2 com comorbidades graves, quando os tratamentos convencionais não funcionaram. É uma alternativa eficaz, mas exige preparo e acompanhamento contínuo.
Como prevenir a obesidade
A prevenção começa com hábitos saudáveis desde a infância:
- Incentivar a alimentação equilibrada
- Reduzir o consumo de ultraprocessados
- Estimular a prática de atividades físicas
- Evitar o uso de eletrônicos em excesso
- Dormir bem
- Controlar o estresse
- Realizar check-ups regulares
Pais e responsáveis têm papel fundamental na educação alimentar e no exemplo dentro de casa.
Obesidade infantil e adolescente
A obesidade infantil vem crescendo de forma alarmante. Crianças e adolescentes obesos têm maiores chances de se tornarem adultos obesos, além de desenvolverem precocemente diabetes, hipertensão, colesterol alto e problemas emocionais.
O tratamento envolve toda a família e deve priorizar mudanças sustentáveis, sem radicalismos. O acompanhamento com médico, nutricionista e psicólogo é fundamental.
Obesidade não é falta de força de vontade
É comum que pessoas com obesidade sofram julgamentos, preconceito e desinformação. No entanto, é importante reforçar que obesidade não é preguiça nem falta de disciplina. Trata-se de uma condição médica séria, que exige acolhimento, tratamento multidisciplinar e suporte contínuo.
Romper com o ciclo de tentativas frustradas e culpa é um passo essencial para buscar ajuda e mudar com saúde.
A obesidade exige acompanhamento regular, tanto para o tratamento quanto para prevenção de complicações. A avaliação médica ajuda a identificar desequilíbrios hormonais, riscos cardiovasculares e a necessidade de medicação.
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